terça-feira

Concurso IFRJ 2013


O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), lançou edital de n. 59/2013 com normas do concurso público que busca preencher 102 vagas em cargo de Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do quadro permanente do IFRJ, para lotação nos 
campus de Arraial do Cabo, Duque de Caxias, Nilópolis, Paracambi, Engenheiro Paulo de Frontin, Nilo Peçanha, Realengo, Rio de Janeiro, São Gonçalo e Volta Redonda.



Funções exigem no mínimo graduação na área de atuação, além de titulação em outros níveis, para algumas áreas, e salários variam entre R$ 3.594,57 e R$ 8.049,77, dependendo da títulação do candidato aprovado e empossado.

A taxa de inscrição é de R$ 110,00, devendo ser paga em qualquer agência do Banco do Brasil, através da Guia do Recolhimento da União - GRU, disponível no endereço eletrônico:

https://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru/gru_simples.asp

A inscrição deverá ser efetuada pelo próprio candidato ou por seu representante legal, no período de 02 de setembro a 16 de outubro de 2013, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 10 às 17 horas, nos campus para qual o candidato deseja concorrer em postos que funcionarão nos seguintes endereços:

-Campus Arraial do Cabo: Rua José Pinto de Macedo s/nº, Prainha, Arraial do Cabo, RJ;
-Campus Engenheiro Paulo de Frontin. Avenida Maria Luiza, s/nº Sacra Família do Tinguá, Engenheiro Paulo de Frontin, RJ;
-Campus Duque de Caxias: Avenida República do Paraguai, nº120, Sarapuí, Duque de Caxias, RJ;
-Campus Nilo Peçanha - Pinheiral: Rua José Breves, nº 550, Centro, Pinheiral, RJ;
-Campus Nilópolis: Rua Lúcio Tavares, nº 1045, Nova Cidade, Nilópolis, RJ;
-Campus Paracambi: Rua Sebastião Lacerda, s/nº, Centro, Paracambi, RJ;
-Campus Realengo: Rua Professor Carlos Wenceslau (antiga Oliveira Braga), 343, Realengo, RJ;
-Campus Rio de Janeiro: Rua Senador Furtado, nº 121/125, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ;
-Campus São Gonçalo: Rua Dr. José Augusto Pereira dos Santos, s/nº, Neves, São Gonçalo, RJ;
-Campus Volta Redonda: Rua Antonio Barreiros, nº 212, Nossa Senhora das Graças, Volta Redonda, RJ (entre o Clube Náutico e o Estádio da Cidadania).

Vagas abertas IFRJ

Campus Arraial do Cabo - Física (1), Química (1) e Sociologia (1).
Campus Duque de Caxias - Química Geral/Inorgânica (2), Educação Física (1), Química Orgânica (1), Química Geral/Ensino (1), Biologia Geral (1), Petróleo e Gás (1), Química Analítica Qualitativa e Quantitativa (1), Língua Portuguesa/Literatura (1), Segurança no Trabalho (1) e Físico-Química (1).

Campus Nilópolis - Estatística (1), História (1), Administração da Produção (1), Educação em Ciências (2), Filosofia (1), Química Analítica Qualitativa e Quantitativa (1), Química Geral e Inorgânica (1), Química Geral e Ensino de Química (1), Química Orgânica (1), Físico-química (1), Geometria Euclidiana, Geometria Analítica e Matemática Básica (1), Informática (2), Instrumentação e Automação Industrial (1) e Gestão Ambiental e Ecologia (1).

Campus Paracambi - Ciências Biológicas (1), Química (3), Física (1), Matemática (3), Filosofia (1), Sociologia (1), Língua Portuguesa (1) e Eletrotécnica/Laboratório de Eletricidade e de Medidas Elétricas (1).

Campus Engenheiro Paulo de Frontin - Informática, Jogos Digitais e Gestão (1), Informática, Jogos Digitais e Programação (1) e Informática, Jogos Digitais e Design (1).

Campus Nilo Peçanha - Administração (1), Educação Física (2), Engenharia Rural (1), Filosofia (1), Física (1), História (1), Inglês (1), Língua Portuguesa (1), Produção Animal (1), Produção de Alimentos (1), Química (1), Saúde da Família (1) e Sociologia (1).

Campus Realengo - Terapia Ocupacional (8), Fisioterapia Cardiopulmonar Pediátrica (1), Fisioterapia em Cardiologia (1), Fisioterapia em Terapia Intensiva (2), Fisioterapia em Saúde Coletiva (1) e Química Orgânica (1).

Campus Rio de Janeiro - Física Geral e Experimental (1), Ciência e Tecnologia de Alimentos (1), Microbiologia Clínica (1), Química Analitica Ambiental (1), Química (1), Desenho Técnico, Manutenção Industrial e Instrumentação Industrial (1), Meio Ambiente (1), Tratamento e Gerenciamento de Resíduos e Processos Industriais (1), Gestão da Qualidade (1), Direito Ambiental (1), Metodologia da Pesquisa em Ensino de Ciências (1), Farmacotécnica (1), Anatomia, Fisiologia e Bioquímica (1), Bioquímica (1), Estatística e Matemática (1), Evolução e Genética (1), Cultura de Células Animais e Biologia Celular (1), Zoologia, Ecologia e Biologia (1) e Sociologia (1).

Campus São Gonçalo - Físico-Química (1) e Física (1).

Campus Volta Redonda - Matemática Básica, Superior e Estatística (1), Matemática Básica, Superior e Matemática Aplicada (2), Física e Ensino de Física (2), Física Básica (2), Filosofia e Filosofia da Ciência (1), Sociologia e Sociologia da Ciência (1) e Química Geral e Aplicada; Metrologia Básica (1).
Provas

Os candidatos inscritos serão avaliados mediante aplicação de provas escritas, de desempenho didático, além de provas de títulos. A prova escrita será realizada no dia 03 de novembro de 2013, em local e horários a serem divulgados a partir de 30 de outubro de 2013, após às 16 horas no site www.ifrj.edu.br.

As notas da prova escrita serão divulgadas no site citado acima no dia 18 de novembro de 2013, após às 16 horas.

Concurso terá validade por até um ano, prorrogável por igual período, contado a partir da data de publicação e homologação do resultado final no Diário Oficial da União.


domingo

Encontro Estadual “MINISTÉRIO PÚBLICO E CONTROLE SOCIAL NA EDUCAÇÃO

PROGRAMAÇÃO

Local: Auditório do Edifício Sede do Ministério Público. Av. Marechal Câmara, 370, 9º andar, Centro, Rio de janeiro/RJ
Informações adicionais: (21) 2550-9060 ou 2550-9059

Inscrições gratuitas: ceaf.eventos@mprj.mp.br
Data do evento: 06/09/2013

08h30 – Recepção dos inscritos – credenciamento e inscrições para as oficinas
09h – Solenidade de abertura
09h30 – Palestra: “Situação do Rio de Janeiro frente ao 2º Objetivo de Desenvolvimento do Milênio: Educação Básica de Qualidade para Todos” – Odilon Faccio – Secretário Executivo Adjunto do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade
10h – Palestra: “Orçamento da Educação” – Profa. Cláudia Cruz – Representante estadual da Campanha Nacional pelo Direito à Educação no Paraná e membro do Conselho Estadual de Educação do Paraná
10h40 – Palestra: “Participação da Sociedade Civil nos Conselhos da área Educacional” – Alejandra Velasco – Gerente da área Técnica do Movimento Todos pela Educação
11h15 - Palestra: “Conselhos Escolares” – Profa. Silma Cleris – Coordenadora do Grupo de Articulação e Fortalecimento dos Conselhos Escolares do Estado do Rio de Janeiro – GAFCE/RJ
11h45 – Palestra – “Conselhos Municipais de Educação” – Profa.
Nelma Rago – Coordenadora Estadual da União Nacional dos Conselhos
Municipais de Educação-UNCME/RJ
12h15 – Palestra: “Conselhos do FUNDEB e de Alimentação
Escolar” – Dra. Carla Arêde – Analista de Finanças e Controle da
Controladoria-Geral da União Regional Rio de Janeiro - Compõe a equipe
do Núcleo de Ações de Prevenção, área responsável pelo fomento e
disseminação do Controle Social no estado.

13H-14H15 – ALMOÇO

14h30 às 16h30 – Oficinas

Grupo 1) Orçamento da Educação – Profa. Cláudia Cruz -
Representante estadual da Campanha Nacional pelo Direito à Educação no
Paraná e membro do Conselho Estadual de Educação do Paraná
Grupo 2) Funcionamento dos Conselhos Escolares – Profa. Silma
Cleris - Coordenadora do Grupo de Articulação e Fortalecimento dos
Conselhos Escolares do Estado do Rio de Janeiro – GAFCE/RJ
Grupo 3) Funcionamento dos Conselhos de Educação – Profa.
Nelma Rago - Coordenadora Estadual da União Nacional dos Conselhos
Municipais de Educação-UNCME/RJ
Grupo 4) Funcionamento dos Conselhos de Alimentação Escolar
e do FUNDEB – Dra. Carla Arêde - Analista de Finanças e Controle da
Controladoria-Geral da União Regional Rio de Janeiro - Compõe a equipe do Núcleo de Ações de Prevenção, área responsável pelo fomento e disseminação do Controle Social no estado.

16h30 às 17h30 – Apresentação das conclusões das oficinas – Ações propositivas do encontro


Realização: Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção à Educação – CAO Educação e Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional – CEAF do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

quinta-feira

Seeduc reconhece Direito de Greve

21/08/2013
Desembargador informa ao Sepe que a Seeduc não vai aplicar o código 30 e sim o 61 – secretário Risolia reconhece o direito de greve

Nessa quarta-feira, dia 21, ocorreu mais uma reunião da Mesa de Mediação entre o Sepe e a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc). A mesa foi criada pelo Tribunal de Justiça do Rio para mediar as discussões entre o sindicato e o governo, e tem como presidente o desembargador de Justiça Cesar Cury, que informou na reunião o seguinte:

1) O secretário Wilson Risolia vai continuar na negociação;

2) O secretário também admitiu ao desembargador Cesar Cury que os profissionais de educação do estado têm o direito de realizar greve e que a Seeduc não colocará o código 30 no ponto. Portanto, segundo o que disse o desembargador ao Sepe a partir da afirmação do secretário Risolia, a Seeduc vai aplicar na greve o código 61 (código de greve) e não o código 30, que é o de falta sem justificativa.

O desembargador também confirmou o abono da paralisação de 72 horas ocorrida de 16 a 18 de abril e que a devolução do desconto referente a esses dias sairá até sexta-feira (23/08), em folha suplementar.

O desembargador pediu que a direção do Sepe apresentasse na Mesa de Mediação os pontos prioritários da pauta de reivindicações da categoria; pediu também que os profissionais de educação do estado apreciassem a evolução efetiva dos trabalhos da negociação nas assembleias de base e assembleias gerais.

Por fim, o desembargador ressaltou que o for homologado na Mesa de Mediação terá que ser cumprido, terá força de lei, não cabendo recurso por parte do estado.

A próxima reunião da Mesa será na quarta, na sede do TJ.

Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ
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Leia aqui o boletim da rede estadual
Material de N. Iguaçu esclarecendo sobre legalidade da greve, código 61 e estágio probatório

Veja na íntegra:
076. MANDADO DE SEGURANCA - CPC 0045412-95.2013.8.19.0000 Assunto: Direito de Greve / Regime Estatutario / Servidor Publico Civil / DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MAT Origem: TRIBUNAL DE JUSTIÇA Protocolo: 3204/2013.00360988 - IMPTE: SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO SEPE RJ ADVOGADO: ELAINE APARECIDA ROLIM DE ALMEIDA OAB/RJ-111585 ADVOGADO: ÍTALO PIRES AGUIAR OAB/RJ-163402 IMPDO: EXMO SR SECRETARIO DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO IMPDO: EXMO SR SECRETARIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DO ESTADO RIO DE JANEIRO Relator: DES. CLAUDIA PIRES DOS SANTOS FERREIRA Funciona: Ministério Publico DECISÃO: ... defiro a liminar para determinar que, as autoridades coatoras se abstenham de aplicar falta aos servidores grevistas, inclusive, nos dias de paralisação realizados com a notificação previa da administração, assim como dos dias provenientes da greve deflagrada a partir do dia 08 de agosto de 2013, para todos os fins de direito, até decisão final, evitando-se assim retaliações a direitos estatutários e descontos remuneratórios nos contracheques dos servidores grevistas e sanções administrativas a titulo de demissão, preventivamente, sob pena de multa diária no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Complemente o impetrante o recolhimento das custas, no prazo de 05 (cinco) dias, consoante certidão de fls. 84, sob pena de indeferimento da inicial...
http://13.8.19.0/
http://13.8.19.0/
13.8.19.0
 

domingo

Professor, você é protagonista desta luta! Rede estadual do Rio de Janeiro


Professores do Estado do Rio de Janeiro fazem enterro simbólico de Sérgio Cabral na manifestação que percorreu a orla da praia de Copacabana em 18/08/2013. 
Foto Ninja


Sobre a greve da rede estadual e da rede municipal do Rio de Janeiro

DE: Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe)

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2013


PREFEITO MENTE, FAZ ASSÉDIO MORAL E ABUSA DO PODER

O Sepe é um sindicato onde a direção encaminha o que os profissionais decidem em seus fóruns. Desta forma nenhuma decisão é tomada pela direção sem ser definida pela categoria.

Importante lembrar que os profissionais de educação da rede municipal do Rio de Janeiro em função da intransigência do prefeito Eduardo Paes e sua secretária de Educação, Claudia Costin, aprovaram desde 11 de julho o Estado de Greve. Numa indicação de que ou o prefeito negociava ou entraríamos em greve. Desde esta data, Eduardo Paes deveria ter negociado as reivindicações da categoria e evitado a greve.

A greve é um direito legítimo dos servidores públicos, reconhecido pela Constituição. Um prefeito eleito pelo voto popular deve respeitar os direitos dos seus servidores e negociar até o fim uma saída da greve sem maiores traumas, ao invés de simplesmente ameaçar e assediar os servidores.

No último dia 8/8, após várias tentativas de negociações, a categoria deflagrou a greve e tentou ser recebida pelo prefeito, mas foi ignorada!

No dia 14/8, sem o menor aceno por parte de Paes/Costin, a categoria decide por nova assembleia no dia 20/8. E até lá aprova um calendário que dialoga com a comunidade, mostrando as mazelas da educação municipal e a intransigência da prefeitura.

Demonstrando o pouco caso com a Educação, o prefeito e a secretaria nem recebem os mais de 15 mil que marcharam até o Palácio neste mesmo dia 20.

Mentem na imprensa e desconhecem uma greve com índice de 80%!

No dia 14, à noite, e na tarde do dia 15, o vice-prefeito, o secretário da Casa Civil, a subsecretária de Ensino e o subsecretário de Gestão recebem a direção do Sepe. Não garantem o índice e tão pouco abrem as contas para comprovar a dificuldade de garantir o que é reivindicado pela categoria. A equipe do governo se esforça em exigir o fim da greve, apresentando para direção do sindicato a necessidade de marcar uma assembleia emergencial para suspender o movimento.

Depois de muito argumentar e explicar que a direção do sindicato não poderia antecipar, unilateralmente, a assembleia, o Sepe arranca as seguintes pontos: plano de carreira unificado com progressão por formação, equiparação dos vencimentos dos P II (Professor II) de 40 horas aos de P I de 40 horas e a correção da distorção dos salários abaixo do mínimo - merendeiras, Agentes Auxiliares de Creche (AAC) e funcionários administrativos. Porém, a prefeitura insistia que a negociação só se manteria se a greve fosse suspensa.

Explicamos que não havia nada de concreto para essa suspensão e que, se não há recursos, com o alega, a prefeitura precisava abrir as contas; mas mesmo assim insistimos em diversos pontos da pauta: Fim da Resolução 02 e garantia da lotação na unidade escolar para professores e funcionários, reconhecimento com mudança da nomenclatura das merendeiras para cozinheiras, garantia de 1/3 de planejamento de aula, progressão por tempo de serviço, a data base e a paridade para aposentados.

Mas o governo encerrou o diálogo e disse, à imprensa, que o sindicato não queria negociar e por isso suspenderia a negociação.

Parece que o governo, como nunca passou por processo de negociação, pois nunca ouviu a categoria e sempre impôs suas determinações e ordens aos profissionais de educação, precisa aprender o que é negociar!

Demonstrando seu desespero, Paes abusa de seu poder na mídia e ameaça os profissionais em estágio probatório, afirmando que eles serão demitidos; lembramos que o Supremo Tribunal Federal já reconheceu o direito dos professores e funcionários em estágio probatório de participarem de movimentos grevistas (leia aqui a matéria sobre o direito de greve desse setor).

Paes também disse que os representantes do Sepe nas negociações não seriam da rede municipal e por isso desconheceriam os problemas das escolas – trata-se de mais um comentário infeliz da parte do prefeito, que poderia, ao menos, ter conversado mais profundamente com o seu vice-prefeito e seu secretário da Casa Civil, que participaram das negociações. Se o prefeito tivesse feito isso, saberia que pelo menos dez diretores do sindicato que participaram, até aqui, das negociações pertencem à rede municipal – inclusive representantes dos funcionários e aposentados. Além disso, participaram das negociações os coordenadores gerais do Sepe, que, como a própria nomenclatura mostra, são diretores com completo conhecimento da estrutura da Educação em todo o estado, incluindo as redes municipais e a estadual.

Em relação à dita “intransigência” da parte do Sepe de negociar, apenas fazemos uma pergunta: quantas vezes o próprio prefeito recebeu o sindicato para discutir nesses mais de seis anos de administração? Respondemos: nenhuma vez. Somente agora, com uma greve forte é que o sindicato “conseguiu” ser recebido por um representante direto do prefeito, o vice-prefeito e o chefe da Casa Civil. Dada esta informação, cabe outra pergunta: quem é, de fato, intransigente?


Domingo: ato unificado na Praia do Leme, às 11h. Na terça-feira, dia 20, ocorrerá assembleia da rede municipal, às 10h, no Clube Municipal, na Tijuca. Em seguida, ocorrerá um protesto em frente à sede da prefeitura, no Centro Administrativo São Sebastião.

O que a rede municipal do Rio reivindica:

1 - Reajuste de 19%;

2- Plano de carreira unificado;

3 - 1/3 da carga horária para planejamento;

4 – Melhoria das condições de trabalho nas escolas e creches;

5 - Fim da meritocracia.

Rede estadual fez passeata ao Palácio Guanabara

Tal qual a rede municipal do Rio, os profissionais da rede estadual estão em greve desde o dia 8 e realizaram na sexta-feira uma passeata do Largo do Machado até o Palácio Guanabara. Um representante da Casa Civil do estado recebeu a comissão do Sepe no Palácio Guanabara e confirmou a audiência com a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), na segunda-feira. O enviado do governo também disse que, na audiência, serão discutidos, prioritariamente, o corte de ponto dos profissionais em greve, além da questão do veto do governador Sergio Cabral ao projeto de lei “1 matrícula, 1 escola”. A passeata ocorreu sem incidentes.

O que reivindica a rede estadual:

1 – Reajuste de 28%;

2 – Melhores condições de trabalho;

3 – 30 horas semanais para funcionários;

4 – Democracia nas escolas – eleição para diretor de escola;

5 – Fim do plano de metas e do projeto Certificação;

6 – A derrubada do veto do governador Sérgio Cabral ao artigo do Projeto de Lei 2.200, que garante uma matrícula de professor em apenas uma escola.

Calendário da rede estadual:

Domingo: ato unificado na Praia do Leme, às 11h.

Segunda (19/08): ato unificado com a Faetc no Leblon, em frente à residência do governador;

Terça (20/08): ato unificado com o município do Rio na prefeitura, à tarde.

sexta-feira

Rede Municipal de Nova Iguaçu - (Divulgando notícias do Sepe)

Boa tarde, pessoal!

 O Sepe enviou este ofício (anexo) à secretária de educação informando que a reposição dos dias paralisados está congelada até que o governo atenda as reivindicações da categoria e cumpra com sua promessa.

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A secretaria se prontificou a estar buscando uma audiência conjunta entre SEMED-PREFEITO-SEPE, na terça-feira. Na quarta-feira estaremos dando informes da audiência e definindo se entramos em greve ou não.Todos precisam estar presentes a assembleia.

Na última assembleia do SEPE Nova Iguaçu realizada em 14/08/2013, a categoria aprovou o CONGELAMENTO da reposição das aulas entre outras deliberações:
- Nova assembleia da categoria com indicativo de greve no dia 21/08 /2013, as 17 h no MAB, sem paralisação;
- Manutenção da Campanha salarial 2013;
- Manutenção da lotação do professor mesmo que sua licença ultrapasse 120 dias;
- Encontro entre os profissionais aposentados da rede com a direção do SEPE no dia 21/08/2013 no PREVINI e REUNIÃO no MAB às 15h antes da assembleia;
- Atos de protesto nos desfiles cívicos das URG's e do Centro (organizaremos a dinâmica na próxima assembléia);
- Publicização das denúncias e das ações autoritárias contra a Educação nos meios de comunicação deixando EXPLÍCITA A PROPOSTA MERITOCRÁTICA do governo Bornier que tem sido uma cópia do governo Cabral;
- Confecção de um Boletim unificado para balizar as discussões na rede estadual e municipal;
- Instalação da "Tenda da Educação" no paço da prefeitura com o protagonismo da luta dos profissionais aposentados;
- Seminário deformação sobre a MERITOCRACIA na educação no dia 14/09;
- Mutirão para forçar uma audiência com a secretária de Educação no dia 15/08;
- Congelamento da reposição das aulas nas escolas (recurso à votação da assembleia anterior) enquanto não houver avanços nos outros pontos da pauta de reivindicações.

O governo precisa tomar uma atitude e cumprir com as promessas feitas à categoria se quiser completar o calendário letivo de 200 dias.
 Já passou da hora do governo nos dar respostas concretas!


Vamos pressionar!
 
Compartilhe por esse e-mail, coloque o cartaz em seu mural e ligue para o Sepe para tirar possíveis dúvidas:
Sepe Nova Iguaçu: 2669-0265 e 2768-0251


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Elaine Pernambuco - Coordenação Geral
Saudações sindicais e abraço fraterno

I Mostra de Artes da FEBF/UERJ e os processos vivenciados em Aulas


"A ciência descreve as coisas como são; a arte, como são sentidas, como se sente que são." 
Fernando Pessoa



"Cabe ao professor intermediar neste processo de descoberta do sentido do estudo da Arte. Mostrar ao aluno as possibilidades que podemos criar para atuar em diversas situações de nossas vidas, inclusive profissionalmente. Demonstrar como a Arte pode auxiliar na atuação dentro da vida social e em seus mais distintos relacionamentos sempre considerando-se o conhecimento acumulado e trazido pelo aluno". 
(Rute Carolina aluna do 5 período de Licenciatura em Pedagogia da UER/FEBF).

"O ensino de música consiste em práticas que se destinam também construir a teoria e a prática da música, como por exemplo a musicalização, prática instrumental, prática vocal, teoria musical, história da música, percepção auditiva, composição e regência". (Tamyris Pereira do Vale - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ).




Devemos utilizar a música na escola, como parte do currículo e não somente como uma atividade extracurricular ou um complemento para atividades realizadas com os alunos, como apresentações em datas especiais ou uma mera atividade em sala de aula sem nenhum tipo de compromisso em longo prazo para a formação dos estudantes. (Sara e Graciliete 5.período de Lic em pedagogia UERJ/FEBF).  
    
 "Hoje em dia os professores têm se conscientizado da importância e da dimensão do ensino de arte no Ensino Fundamental" . (Fabrícia 5. período Lic. em Pedagogia da UERJ/FEBF). 
  

"(...) o corpo ainda é visto em muitas escolas como algo separado da mente, e que se encontra a serviço da mente desempenhando técnicas como segurar o lápis, por exemplo. O processo intelectual é o mais valorizado na escola, que também valoriza mais a individualidade do que a convivência em grupo.


"A criação coletiva está no cerne da atividade do jogo teatral, aspecto que é fundamental para o exercício da atividade democrática, importante para formação da consciência crítica dos sujeitos". 
(Lays Ramalho - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ). 



"Ao fazer e conhecer arte o aluno percorre trajetos de aprendizagem que propiciam conhecimentos específicos sobre sua relação com o mundo". (Cristiane Domingues da Silva - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ). 

"Diante desta nova forma de pensar o corpo como sendo tudo o que somos, dotado de sensações, de sentidos, sentimentos e tantas outras coisas, e que sendo assim a primeira relação com o conhecimento é uma relação física que depois será traduzida em linguagem, que sendo assim o corpo fundamental na aquisição e apreensão do conhecimento". (Jeniffer da Conceição de araújo - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ). 




É necessário resgatar essa anterioridade corporal, libertar o corpo e a mente dos entraves que lhe são impostos diariamente e ‘aplainar’ o caminho do conhecimento”. (Caren Caroline Alves de Carvalho e Nicole Aguiar de Jesus Moura - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ).



"Devemos ter instituições que se preocupem mais na formação total de seu aluno. Nada como a escola para ser o ambiente transformador dessa sociedade padronizada e manipulada, pois, este espaço é o berço da formação humana, os primeiros passos do indivíduo iniciam-se dentro dela". (Tamires Chaves Silveira - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ). 


 

Tal como a música, as Artes Visuais são linguagens
e, portanto, uma das formas importantes de expressão e comunicação humanas, o que, por si só, justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral, e na educação infantil, particularmente.(RCNEI/1998).

"O ensino das artes na educação infantil é importante para desenvolver a percepção da criança, além de trabalhar constantemente a capacidade de criação e imaginação delas". (Matheus Alves; Monique Viana - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ).

O jogo dramático é o campo de aprendizagem na qual as crianças vivem, aprendem e crescem. É importanteque o adulto desencadeie situações que tenham ligações com as experiência dos pequenos alunos. Situações sobretudo lúdicas e seguidas sem pensamentos pré concebidos pela lógica e exigência do adulto. Não deixando de aceitar as ideias da criança e sobretudo compartilhar na alegria e na sinceridade o que as mesmas põem nessas explorações e contribuir para um ambiente desinibido.(Rafaella Faria- curso de licenciatura em Pedagogia).

O professor não deve ser um transmissor de conhecimento e sim um facilitador para que o aluno seja autônomo e sinta-se motivado a também realizar suas próprias criações artísticas, adquirindo novas descobertas no campo da arte ". (Anailza Gomes da Silva; Camila Gomes Machado - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ).

 "Pela falta de recursos, assim com a não-especialização de profissionais na área a fim de atuar enquanto professores, ocorre uma defasagem no ensino - tanto musical quanto no focado em artes, prejudicando o entendimento e a contextualização da(s) disciplina(s)". (Caroline Carvalho de Alencar - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ).


"A arte não padroniza e é flexível, é caracterizada pela multiplicidade de significados; embora a produção e apreciação artística exijam habilidades para solucionar e relacionar questões propostas pela organização de elementos que compõem as construções da arte". (Bruno da Silva 5. período Lic em Pedagogia - UERJ/FEBF). 


"Os jogos tornam mais agradável à aprendizagem da linguagem teatral. O jogo teatral é capaz de despertar o espontâneo, diminuindo o artificial e a racionalidade da mente e possibilitar uma maior entrega e envolvimento abrindo caminho para a criação". (Ana Kelly Côrtes de Almeida; Deisemere Costa da Silva - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ).


"A dança nas escolas necessita de propostas intencionais, sistematizadas e amplas, para que essa linguagem possa efetivamente contribuir para a construção da cidadania". (Cíntia Abreu; Edson Diniz - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ). 



"É possível incluir a musicalidade na vida do alunoe no currículo escolar de modo inovador, pois os orientadores e professores podem criar projetos pedagógicos que utilizem o universo musical para estimular o aprendizado, a convivência em grupo, a busca por conhecimentos e o desejo do aluno de querer absorver novos gostos, através de experiências que a música poderá lhe proporcionar". (Graciliete Rangel e Sara Rodrigues - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ).  





TEATRO DE FORMAS ANIMADAS (Sombras em papel cartão e mamulengo feito com meias)




"Alguns professores ao ensinar teatro na educação infantil massificam seus alunos ao ponto de censurar sua liberdade de expressão consistindo em suprimir qualquer tentativa de informação, opiniões e até formas de expressão como certas facetas da arte, obrigam seus alunos a encenar peças, embora não estejam preparados no âmbito psicológico e emocional".
(Thamires de Souza Hernandez Martin - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ).

 Todos os educadores(as), devem estimular seus alunos para que se identifiquem com suas próprias experiências, e animá-los para que desenvolvam, na medida do possível, os conceitos que expressam seus sentimentos, suas emoções e sua própria sensibilidade estética. (Ellen Christine- 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ).

 A AVALIAÇÃO EM ARTES DEVERÁ SER PROCESSUAL E FORMATIVA OBSERVANDO TODO O PROCESSO

¨O teatro é uma atividade artística que privilegia a interação social e a ação dos próprios sujeitos, promovendo o desenvolvimento da imaginação e o uso da linguagem. Por isso é necessário que seja presente no contexto escolar como proposta pedagógica que visa assegurar o pleno desenvolvimento das possibilidades do aluno em construir sua identidade cultural e social, contribuindo integralmente para o crescimento cognitivo e afetivo para a vida do aluno para além dos muros da escola." (Fabrícia Santana - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ).

  

RELEITURAS DE "O LAVRADOR DE CAFÉ" de Portinari

       





 
ARTES VISUAIS NO COTIDIANO ESCOLAR

   


A individualização em detrimento do conceito de grupo faz com que aja um maior isolamento corporal nas escolas".  (Aline Hermínio da Silva - 5º período de Pedagogia FEBF/UERJ).


 
" A dramatização na escola possibilita uma melhor compreensão dos conteúdos, além de promover uma socialização, aumento da criatividade, memorização entre outros fatores positivos na construção do conhecimento" ( Gláucia De Oliveira e Jéssica Souza e Silva -Alunas do curso de Licenciatura em Pedagogia da FEBF/UERJ). 

 
Precisamos de espaços e ambientes que favoreçam a construção da liberdade de movimentos. Temos que considerar ritmos e interesses infantis, afim de permitir que as crianças aprendam a identificar os limites e vontades do corpo. É através do corpo que a criança experimenta o mundo ao seu redor". (Alunos  de
Pedagogia FEBF/UERJ -José Carlos e Matheus Cutrim e Cristiane Duart/.

domingo

Só no ano passado, foram 338 assassinatos decorrentes da homofobia no estado do Rio de Janeiro

Fonte: O Globo


Manifestantes protestam contra 'cura gay' durante mais de 4 horas no Rio

Ato reuniu aproximadamente mil pessoas no Centro da cidade. Concentração foi na Igreja da Candelária e terminou em frente à Câmara.



Leia em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/06/manifestantes-protestam-contra-cura-gay-durante-mais-de-4-horas-no-rio.html

Trecho da matéria:

Para Moreira, a aprovação da lei que criminaliza a homofobia é de fundamental importância para a comunidade LGBT. "Enquanto isso não acontecer, a violência vai continuar. Só no ano passado, foram 338 assassinatos no estado do Rio.

quinta-feira

Centrais farão paralisações conjuntas em todo o país no dia 11 de julho


As oito centrais sindicais do país se reuniram nesta terça-feira (25), em São Paulo, para anunciar uma decisão histórica: CTB, CUT, UGT, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas e FS irão organizar, de maneira conjunta, uma série de paralisações por todo o Brasil no dia 11 de julho, com o propósito de pressionar o governo e o empresariado a aprovar a pauta de reivindicações da classe trabalhadora.


A reunião das oito centrais antecedeu o encontro que seus representantes terão com a presidenta Dilma Rousseff nesta quarta-feira, em Brasília. Para o secretário-geral da CTB, Pascoal Carneiro, foi importante o movimento sindical demonstrar unidade neste momento em que o país tem visto milhões de pessoas saírem às ruas para protestar por mudanças. 

“Nosso papel será levantar as bandeiras de luta da classe trabalhadora e incorporar as reclamações das ruas. Nós vemos com bons olhos o que está acontecendo no país e já temos há tempos uma proposta de concreta para que o Brasil se desenvolva”, afirmou o dirigente da CTB, referindo-se à Agenda da Classe Trabalhadora, documento formulado pelas centrais em 2010, durante a segunda Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat). 

Luta pela democracia e pelos direitos trabalhistas

Ao encerramento da reunião, as centrais definiram que o 11 de julho será chamado de Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, a partir do lema “Pelas Liberdades Democráticas e pelos Direitos dos Trabalhadores”. 

As lideranças sindicais também definiram nove bandeiras de luta como fundamentais na atual conjuntura. A lista abaixo será entregue à presidenta no encontro desta quarta-feira e ganhará destaque em cada parasalição que será realizada em 11 de julho: 

- Fim do fator previdenciário
- 10% do PIB para a Saúde
- 10% do PIB para a Educação
- Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários
- Valorização das Aposentadorias
- Transporte público e de qualidade
- Reforma Agrária
- Mudanças nos Leilões de Petróleo
- Rechaço ao PL 4330, sobre Terceirização.

Paralisações

Após a reunião com Dilma, os representantes das centrais voltarão a se reunir nos próximos dias para acertar os detalhes das paralisações que devem parar o Brasil no dia 11 de julho.

Para Pascoal Carneiro, será importante a regionalização dos atos, no sentido de interromper, nem que seja por algumas horas, os principais centros produtivos do país. “Iremos demonstrar nossa capacidade de articulação e contribuir para que essa onda de manifestações tome um rumo progressista, no sentido de trazer melhorias concretas para a classe trabalhadora e de impedir que qualquer movimento antidemocrático ganhe força perante a sociedade”. 

Fernando Damasceno – Portal CTB

sábado

Partidos de esquerda e movimentos se reúnem por agenda ampla

 

Em busca da consolidação de uma unidade ampla, partidos de esquerda e entidades sindicais e representantes de movimentos sociais se reuniram na noite desta sexta-feira (21), em São Paulo. Examinaram a conjuntura marcada pelas manifestações das duas últimas semanas e deram passos para unificar uma agenda de lutas.

Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho



Moara Crivelente
Plenária esquerda 1
A plenária ocorre em meio a uma onda de manifestações populares que tomaram as ruas de todo o país, mas que nos últimos dias foram infiltradas por forças reacionárias e grupos de vândalos que tentam se apropriar e desvirtuar o caráter democrático dos protestos.

A reunião teve a participação de 76 entidades que representam os movimentos sindicais e sociais brasileiros, entre eles, o Movimento Sem Terra (MST), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União da Juventude Socialista (UJS), a Marcha Mundial de Mulheres, o Levante Popular da Juventude, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Também integraram as discussões representantes do PT, PCdoB, PSTU, Psol, PCO, PCB, PSB e PPL.

O encontro foi marcado pela necessidade de os movimentos sociais e de os partidos progressistas – legítimos representantes do povo brasileiro – politizarem as discussões e levarem para as ruas as reais agendas da classe trabalhadora. Para o vereador paulistano e presidente do PCdoB no estado de São Paulo, Orlando Silva, as novas formas de mobilizações e iniciativas da juventude reafirmam que só há conquistas com lutas. “Creio que foi importante a iniciativa do prefeito de SP, Fernando Haddad, de recuar e rever o reajuste da tarifa do transporte e creio que a unificação de um programa de luta comum pode ser importante para impulsionar avanços nos vários movimentos do Brasil, a começar pelo governo da presidenta Dilma. Se houve um levante, uma rebelião, uma revolta da dimensão que o Brasil viu é porque valeram muito as conquistas até aqui, mas o povo, os trabalhadores e a juventude querem mais.”

O dirigente comunista disse que assim como a pauta da melhoria do transporte, as forças progressistas e os movimentos organizados devem abordar também a questão da moradia, da reforma urbana, da necessidade de se avançar no ritmo da reforma agrária, do financiamento público de campanhas eleitorais e a reivindicação de 10% do PIB do país para a educação. “Creio que uma primeira tarefa é fechar uma agenda comum. Em segundo lugar é replicar nos estados plenárias como estas que podem agrupar e articular para que possamos ter consequência, mobilização nata e novas conquistas.”

Em sua intervenção, o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que independentemente dos matizes ideológicos de cada entidade ou partido é necessário buscar os pontos que identificam todos com as lutas do povo nas ruas. O dirigente do PSTU, José Maria de Almeida, defendeu os movimentos que estão nas ruas, mas lembrou que esse processo deve ser dirigido pela classe trabalhadora e suas pautas. “Vamos cobrar nossas reivindicações dos governos municipais, estaduais e do governo federal.”

Em entrevista ao Vermelho, Ricardo Gebrim, da Consulta Popular, falou que as forças de esquerda devem assumir um calendário conjunto de ações que os coloquem como o verdadeiro protagonista dessas insatisfações, já que elas têm forte acúmulo em relação a essas lutas e demandas populares. João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST e da Via Campesina, disse que os movimentos e partidos devem continuar orientando suas bases para que elas participem das mobilizações.

“Devemos pautar o que são os nossos 20 centavos. Devemos continuar estimulando que a nossa turma vá para a rua, que é um espaço de democracia, mas levando as nossas bandeiras. O problema que está deixando todo mundo atônito é que as massas que estão na rua agora são majoritariamente formadas por uma juventude desorganizada, sem direção política e que não tem claro o que quer e, evidentemente, que os setores direitistas organizados também fazem análise de conjuntura e estão fazendo essa mesma leitura.”

A coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil, Nalu Faria, avaliou que vivemos inegavelmente uma década com ganhos da classe trabalhadora, mas disse que as conquistas são insuficientes e que o governo iria entrar em um processo de crise se não conseguisse avançar nas mudanças estruturais. “O que está nas ruas é um sentimento de mudança de modelo. Acho que é o momento de nós realmente disputarmos essas mudanças de modelo e para isso a importância de recompor uma ampla articulação da classe trabalhadora e nossas bandeiras unitárias.”

Também em entrevista ao Vermelho, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, alertou que o Brasil já conhece experiências anteriores em que a direita tenta se apossar de movimentos populares e transformá-los em um movimento contra as instituições democráticas. “Para mim, o que reúne hoje tantas tendências de opiniões com concepções e pautas diferentes é a defesa da democracia brasileira e o direito de livre manifestação e expressão – que está comprometido à medida que as pessoas vão para as ruas e sofrem ameaças físicas e agressões. Acho importante que nesse momento a gente faça uma defesa da democracia brasileira.”

Pronunciamento
As discussões da plenária foram interrompidas para o pronunciamento, em cadeia de rádio e televisão, da presidenta Dilma Rousseff, que conclamou governadores, prefeitos, movimentos sociais e líderes das manifestações para produzirem mais mudanças que beneficiem, segundo ela, melhor e mais rápido, todos os brasileiros e brasileiras.

A mandatária legitimou o movimento pacífico por propor e exigir mudanças. “As manifestações desta semana trouxeram importantes lições. As tarifas baixaram e as pautas dos manifestantes ganharam prioridade nacional. Temos que aproveitar o vigor das manifestações para produzir mais mudanças que beneficiem o conjunto da população brasileira.”

Dilma foi aplaudida por todos os representantes de movimentos e partidos presentes no encontro quando reafirmou a importância de seu projeto que destina 100% dos royalties do petróleo na aplicação, exclusiva, à educação, e na vinda de médicos estrangeiros para atuarem na saúde do país.

A presidenta da UNE, Vic Barros, ressaltou a identificação das pautas que unificam o conjunto da população brasileira. “Temos hoje a possibilidade de unificar uma agenda de lutas, de unificar uma extensa pauta de todos aqui presentes seja na luta por reformas democráticas que possibilitem uma nova arrancada de desenvolvimento para o nosso país, uma reforma política que garanta o financiamento público de campanha e mais participação popular nos espaços democráticos de decisão. Também é o momento de erguer pautas como a reforma urbana, como um sistema nacional de transporte que contemple a necessidade do povo da periferia e da juventude e também é o momento de escancarar a necessidade de democratizar os meios de comunicação de massas em nosso país, sabendo que o que a gente quer é radicalizar a liberdade de expressão no Brasil.”

O secretário nacional sindical do PCdoB e membro da direção nacional da CTB, Nivaldo Santana, avaliou que o encontro foi plural, amplo e bastante representativo. Ele pontuou que uma das preocupações mais importantes da plenária foi valorizar a mobilização dos estudantes e manifestantes e a condenação de grupos de extrema direita que procuraram instrumentalizar essas manifestações com violência contra o patrimônio público e privado, que descaracterizam a natureza pacífica das mobilizações.

“Foi reforçada a necessidade das forças políticas democráticas e progressistas manterem a unidade e defenderem que os partidos políticos e entidades organizadas tenham o direito de participar das mobilizações. Os próximos passos do movimento serão debatidos pelas diferentes entidades.”

Ele explicou que na próxima terça (25) as centrais sindicais irão se reunir para procurar construir um documento base de reivindicações, sintonizadas com o movimento de rua, e definir um plano de ação para o próximo período.

A plenária marcou uma nova reunião para a próxima terça (25), às 19 horas, no Sindicato dos Químicos de SP. João Paulo Rodrigues, da coordenação do MST, disse que a análise das forças políticas das mais de 70 entidades que participaram da plenária avançou na necessidade da classe trabalhadora integrar as mobilizações e unificar as agendas de cada entidade e partido para a construção de uma pauta mais unitária. “Houve um esforço de cada organização ir para dentro das suas entidades, fazer uma reflexão política e tentar na próxima semana construir uma agenda que nos dê unidade e um calendário de mobilizações pelo país afora.”